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✍🏾🎨Roteiro & Arte: Rensuke Oshikiri
📅Período de lançamento dos originais: 2007 a 2009
📚Editora original: Bunkasha
📕Serializada no Magazine japonês Horror M
⚖️Créditos Dos Scans: AMA Scans & Budokai Mangás

Sinopse

A família de Nozaki Haruka se muda para uma cidade pequena devido ao novo emprego de seu pai. Infelizmente, Haruka se torna alvo de Bullying na nova escola, que está programada para fechar em poucos meses devido à falta de alunos. Como uma garota forte, Haruka tenta ignorar os valentões, mas o Bullying começa a ficar fora de proporção. E uma vez que os professores não estão dispostos a ajudar, nada está parando a tragédia terrível que se aproxima de Haruka.

⚖️Créditos da Sinopse: Mangá Livre

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Inomináveis Saudações a todos vós, Coveiras, Coveiros e visitantes!

O Bullying é uma frequente preocupação no âmbito escolar, principalmente dentro de uma busca do agressor ou de um grupo de agressores por sempre humilhar, diminuir e destruir a(s) vítima(s). Muito mais perigoso e criminoso do que no resto do mundo, tal Crime praticado em países como Japão e Coréia do Sul, por exemplo, constituem parte da própria Cultura desses dois países. Misumiso têm como o palco dos seus acontecimentos Ootsuma, uma pequena cidade japonesa interiorana cuja estrutura física foi propositalmente posicionada como opressora e intimidadora por Rensuke Oshiriki. Bullying é um Terror Real e o excesso de Realismo neste Mangá é o que o configura como uma obra sem qualquer tipo de bela ou motivadora mensagem a favor da superação dele. Não há um trajeto simplista de heroísmo para Haruka Nozaki nas páginas que se sucedem ao trágico acontecimento que existencialmente a transforma. A Vingança mais dura e impiedosamente realizada se torna a esfera de realizações desta extremamente sombria história.

Os mais determinados e específicos problemáticos adolescentes podem ser monstruosos quando se unem para intimidar alguém que consideram inferior, fraco e inútil conforme o que eles definem como uma “pessoa aceitável”. No mundo dos bullies, as sentenças máximas equivalem a subjugar até além dos limites os seus alvos, sem arrefecimento de qualquer ato, sem enfraquecimento de qualquer plano para destruí-los. Taeko Oguro, Yoshie Tachibana, Risako Kato, Yuri Mishima, Hidetoshi Kuga, Hiroaki Mamiya e Tsutomu Ikegawa, liderados pela primeira, infernizam Haruka do início ao fim de um período de dia de aula. Uma perseguição que ela suporta calada, não contando para os pais e tendo apenas um amigo que a conforta na escola, Mitsuru Aiba. Isto pode parecer muito simples sob um ponto de vista parcial, lendo essas informações fazendo o Mangá parecer tão comum a tantos outros sobre o tema. No entanto, as aparências e situações, comportamentos e envolvimentos, fatores e humores, durante o desenvolvimento da história revelam faces ocultadas da pequena sociedade onde se desenrola a mesma por muitos personagens. Não há nada previsível e nem facilitado aqui para agradar os leitores.

O fato da Escola Secundária de Ootsuma estar programada para ser fechada e a última turma a se formar nela ser especificamente a de Haruka torna ainda mais difícil a tomada de uma resolução séria contra a intimidação dela. A Professora responsável pela classe, Kyoko Minami, sequer está preocupada com o que ocorre, quer apenas ter um fim de atividade escolar tranquilo e seguro. Descobrem-se mais adiante no Mangá as razões pelas quais ela assim age, tanto quanto todas as diversas formas das muitas sombras que perseguem-na ativamente. Sendo assim, a perseguição ultrapassa os limites do perímetro escolar e alcança a família da vítima de uma maneira cruel demais para ser mais exato. A Família Nozaki, constituída pelos pais (a mãe não é nomeada pelo Autor, apenas o pai, Kazuo) e a irmã Shouko, sofrem as consequências diretas do que acomete Haruka na escola. Uma personagem tem um papel de destaque no trágico destino dos Nozaki, Rumi Sayama, que se revela a pior dos agressores e se destaca no Mangá como a mais monstruosa destes. Inicialmente tendo sido o alvo do grupo de Oguro, antes da chegada de Haruka à cidade com a família, ela exibe estranhas tendências comportamentais que vão sendo mostradas bem devagar pelo Autor. E o Aiba também não fica menor, revelado como alguém que nada tem a ver com um Príncipe Encantado ou uma pessoa boa e equilibrada ao revelar seu interesse por Haruka.

Mas, tanto Aiba quanto Rumi tem os motivos deles para terem se tornado o que são. Igualmente, cada agressor tem um motivo, como o enredo explica ponto a ponto. O Mangá não é apenas uma sessão de crueldades e cenas fortes sanguinárias, com uma grande habilidade Oshikiri pontualmente insere passagens mostrando a vida doméstica daqueles dois personagens, de Taeko e de Yoshie. Há uma estranha conexão entre todos os personagens desajustados do Mangá, nenhum deles é uma personalidade em um estado bom de maturidade e harmonia. Todos possuem um distúrbio psíquico, transbordando em atos irracionais como válvulas de escape para suas frustrações, limitações e desejos obscuros. Pega no meio de tanta destrutividade e loucura, Haruka reage com a determinação vingativa mais plausível e justificada dentro da história quando a família dela é ultraviolentamente vitimada. Assim como a Hepatica nobilis (Misumisou em japonês, ミスミソウ) , com a qual é comparada por Aiba, ela resiste ao rigoroso Inverno das brutalidades que atingem-na e parte para uma jornada sanguinária friamente calculada. O Inverno se apresenta no Mangá como palco maior do derramamento de sangue com profusão e impacto vertiginosos. O Inverno testemunha uma aceitável vingança ao longo de uma paulatina sequência de crescentes fatos até o sombrio clímax de toda a história.

A Arte de Orishiki capta com pouca luz e muita sombra, na autêntica intenção de não dar esperanças ao leitor para uma chegada a qualquer tipo de um relativo “final feliz”, cada cena nas páginas. O design dos personagens pode estranhar a quem não está acostumado com uma Arte que não se preocupa em ser bonita o bastante para ser ovacionada pelas multidões. A proposta é realmente esta, a de uma quase completa representação caricatural do Horror Humano que, infelizmente, não é apenas um fértil produto da imaginativa mente de um Mangaká. Há muita agonia, tristeza, depressão e tensão crescentes desde o primeiro dos vinte capítulos de Misumisou, os desenhos acompanhando toda esta macabra atmosfera à altura. Por isto, bem diferente de Mangás de Terror e Horror nos quais até um pouco de Kawai é inserido dentro de aterradoras histórias, neste aqui não há um espaço, sequer mínimo, para fofura e piadinhas. Adulta e contando com um ritmo perturbador que enriquece cada pormenor da leitura, a obra tem um peso e um vigor de excelência dentro de suas virtudes essenciais. Durante a minha leitura, somente senti revolta e ódio, aliado a uma imensa vontade de derramar lágrimas por Haruka e sua família. Pelos antagonistas, da minha parte não houve qualquer tentativa de compreensão ou empatia, pois lhes pergunto: se o teu mundo é uma merda completa você quer tornar uma merda pior ainda o mundo do outros? Eu faria o mesmo que a Haruka se a minha família tivesse sido vitimada por psicóticos na pele de adolescentes que fingem ser ajustados à Sociedade onde vivem. Todos aqueles monstros mereceram cada vingativo ato por ela fabricado e que entram como as melhores sucessões de sangue derramado entre os Mangás que já li.

Em 2018, Misumisou foi adaptado para o formato de uma Light Novel por Shiro Kuro. No mesmo ano, uma adaptação cinematográfica foi lançada e a mesma será o tema de uma Postagem ainda esta semana aqui na Cova.

Fogo em todos os bullies, cadáveres!

Saudações Inomináveis a todos vós, Coveiras, Coveiros e visitantes!

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DO MANGÁ

Rensuke Oshikiri

Algumas variedades de Misumisou



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